sábado, 21 de setembro de 2013

Portugal - (primeira fase) A terra dos nossos conquistadores navegantes

Já pronta para a mais uma nova aventura para terras européias, embarquei no vôo da TAP para Lisboa, com conexão para o Porto, cidades muito conhecidas da nossa querida Portugal. A entrada foi menos trágica, mas tive que mostrar o endereço de destino e o cartão de crédito internacional com limite alto para entrar sem problemas. E o passaporte já tinha um carimbo de entrada por lá. Passaram só tres meses da volta da Escandinávia.





Foi tudo muito rápido e enfim estava no Porto. Uma Portugal mais antiga, com dialeto típico, de gente mais turrona, mais depressa no falar, e de se entregar aos cafés e as sopas. Coisas do tipo "Oh sifaizfavore tenx pa ai un paum com un galao pa o pequeno almoço? (oh se faz favor,voce tem um pão com café com leite para o café da manha?)...Anda cá, miudo a comer...(vem comer, menino) ela é muito gira, assim castiça e russinha...(ela é muito legal, assim "original" e loirinha) "queé que tu extais pa i a fazere..." (o que vocè ta fazendo?)...E por ai vai um extenso vocabulário portugues, típico do Porto. Você pode conhecer mais sobre esse dialeto, com o divertidissimo Livro do Mario Prata, " Schifaizfavoire", que descobri esse ano, depois de já saber de cor tudo que eles falam!!!

O Porto é lindo, tem uma arquitetura antiga e medieval que fala sempre de batalhas e igrejas. Com uma população de aproximadamente 250 mil pessoas, tem o Rio DOURO a dividir a cidade velha da cidade nova. 



Onde se pode ver em Gaia, as CAVES de Vinho do Porto, que hoje recebe turistas para visita, degustação e compra dos tradicionais vinhos TAWNY, RUBY, BRANCO, Latle Bottle Vintage, Vintage, envelhecidos em Carvalho Frances e outros que já não lembro o nome mais. Tem o Branco Lagrima também, que não era meu preferido, pois a caracteristica deles é ser meio licoroso e esse pecava no aspecto doce! Meu preferido eram os Tawnies e Rubis. Obviamente o Rubi era mais vermelho e menos encorpado.


 As linhas LBV e VINTAGE era saborosissimos e caros. Haviam caves que abrigavam vinhos de até 1 milhão de euros com linhagens perfeitas em conservação em garrafas empoeiradas ao fundo suas adegas. Os vinhos normais Alentejanos e do Douro, tinham os melhores nacionais.


E nós no Brasil, só conheciamos o PERIQUITA, néFoi então que eu descobri, o que era tomar vinho como NUNCA na minha vida. Barato, diaramente e aos montes. Nunca perdi o hábito. Só bebo menos no Brasil, por causa do Clima e porque aqui é sempre mais caro, além de não poder contar com os vinhos nacionais tendo que adquirir o chilenos e argentinos!



O Rio Douro divide a cidade é possui 6 pontes importantes. A ponte Dom Luis é a mais conhecida. Não pode-se deixar de ir na Casa da Musica, na praia de Matosinhos, a Torre dos Clérigos com o antigo portugal à volta dos panos pendurados nas janelas e os parques.


Falar do Porto é muito extenso porque lá tive morando por mais tempo, e em outras postagens posso falar mais.

Em uma outra oportunidade fui à Lisboa, que impressiona com o Rio Tejo, a Torre de Belem, O Mosterio de Sao Bento, o Estadio do Benfica e outras cositas.

Foi lá também que curiosamente comprei um livro sobre Andalucia - Espanha, todo em Portugues prevendo o passeio que iria fazer. Infelizmente minha ida à Lisboa foi limitada.

No entanto pude ainda conhecer Sintra, que é maravilhosamente medieval e tem importantes castelos, dentre eles o Castelo Mouro e outras cidades como  Mafra, Cascais, etc permeiam uma bela paisagem com longas estradas com uma incrivel qualidade estrutural.


Seguindo o país para o SUL, acabei por conhecer um pouco de toda aquela fascinante terra, e depois em outras oportunidades conheceria muito mais cidades. Foi então que me apaixonei e me encantei no caminho, com a charmosa BEJA, onde nunca esquceci. 



Era um caminho que me levava para a realização de um sonho. mas eu vivia um dia de cada vez e cada coisa que acontecia era uma caminhada cheio de adoraveis surpresas. 


 Todos à caminho da sonhada e romantica ANDALUCIA, na Espanha que irei escrever com total emoção na próxima postagem. Continuem acompanhando essa aventura.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Entre Voltar da Escandinávia e ir para a Europa Ibérica

Depois da Noruega e da Suécia, e já há 3 meses na Escandinávia, entendi que existia um mundo maior e bem diferente da minha realidade do outro lado do mundo. Ficava parada observando tanta beleza e fascinada com a possibilidade, a sorte e a disponibilidade de conhecer lugares tão diferentes. Numa época em que não tinhamos dinheiro para grandes viagens e certas liberdades, há de se considerar que para mim foi meio que um reencontro quase cármico com a vida de cigana. Foi quase porque ainda viriam lugares onde pisaria e sentiria ainda mais o frio na espinha, a vontade de lá ficar, a sensação de lá pertencer e assim como na primeira vez, até hoje eu sinto e sei que um dia irei voltar.

Não sabendo que iria me apaixonar de vez pela oportunidade de estar em outro país, uma paixão à primeira vista, acabei por me retornar por questão de visto ao Brasil, onde passei o natal e permaneci até março de 2006, onde novamente eu ira fazer uma nova viagem de regresso ao velho mundo. Dessa vez para Portugal e Espanha.


 Um encontro de origens, de verdadeiras paixões, de reencontros com a arte dos patrícios e ascendentes lusitanos e o impressionante mundo do povo andaluz, do Flamenco e todas aquelas maravilhas que o Sul da Espanha oferece e é de onde iniciaram os meus estudos mais profundos sobre o Mediterrâneo, as invasões mouras e todo um conjunto riquissimo de cultura do qual me arrepiei várias vezes, sentindo que havia um verdadeiro resgate espiritual, psicologico e carma, com meu único e verdadeiro amor- O Flamenco.
Foto- Solea Tablao Flamenco,2006

Um manancial de Culinária Ibero me foi apresentado, e eu senti que realmente o antigo e o novo se desafiam para mim. O frio, o calor no mesmo continente.


 Os Xales, Sopas, Leques, Cigalas, Danças, Pessoas, Chocolates, Cantos, Cafés, Sonhos e Desejos que ali surgiam. Os convido à sentir um pouco mais de cada um dos países, na minha próxima postagem. Obrigada!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Norge - Norway - Noruega (Frederickstad, Oslo)

Minha passagem pela Noruega foi rapida, mas o suficiente para me instigar e aprofundar num estudo pessoal que eu fazia na época sobre os Vikings. Seria fascinante poder pisar no solo deles e ver de perto detalhes e minúcias daquele que seria o palco de lutas nórdicas por sobrevivência, terras e mulheres.

Me recordo de visitar primeiramente a cidade de Frederickstad (video abaixo gravado por um conhecido portugues, colega nosso de passeio), onde é possivel dar um olhar panorâmico do local onde estávamos do pequeno vilarejo pueril e gelado, que abrigava castelos e fortes. 
Seguramente, a cidade não fazia parte do presente, pois se sentia deslocado no tempo e então depois de apreciá-la fomos rumo à imponente capital - Oslo.
Casal de amigos de Portugal
Fomos de carro mas paramos na estação de trem de Oslo, e paramos nas lojas de Souvenir onde pude comprar canecas, bonecas de louça, miniaturas de vikings (e ter certeza que estávamos perto deles) e então fomos comer num restaurante fino, porém chinês provando sopas e frutos do mar com um picante característico do oriente. Ao sair na praça principal me deparei com um espetáculo da natureza com dezenas de árvores de folhas vermelhas apontando a chegada do Outono. Um espetáculo. Diante dela estátuas diversas, modernas e irreverentes nos sintonizava sobre as características daquele lugar moderno, cheio de arte, expressão e diversas pessoas do mundo inteiro à transitar por suas ruas. Tipico das capitais européias. 
Outono
Monumento em Oslo
Foi então que descobrimos a zona dos museus e claro, tive que ir conhecer a embarcação e alguns objetos dessa civilização e um campo externo, onde ali naturalmente à centenas de anos, eles moravam. Infelizmente sem bateria na máquina e com celulares menos potentes na época, não consegui registrar grandes imagens desse país. 
Pontes e Tuneis
 
Centro de Oslo
Mas com o museu fechando as 16h (era dez para as 4) finalmente entramos na cápsula do tempo, onde pudemos nos maravilhar com o mundo escondido dessas civilizações. Que separavam comodos em cabanas de pedra. Um comodo para cozinha, outro para o quarto do "lider", outro para mulheres, assim sucessivamente cada qual cuidava de uma parte e toda comunidade se interagia o tempo todo. Com túneis intermináveis e até PASMEN 10 minutos percorrendo de carro, descobri que aquele país era uma potência em história, gente agradabilissima, moderna e irreverente. Não deixe de conhecer a Escandinávia!
carro viking
 
barco viking
 
Sentrum - Praça Central
 
Frederickstad
Museu viking


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sverige - Sweeden - Suécia (Udevala, Munkedal, Fiskbackskill) parte 2

Depois de um certo tempo em que você está numa terra desconhecida cercada de absoluto silencio em contraste com Heavy Metal,pelo mar e a terra que abriga pessoas calmas, loiras e ruivas de quase 2 metros de altura em construções tão fofas, com uma comida saborosa e apropriada ao inverno tais como... Räkor é Camarão, Tårta é bolo ,Nyponsoppa é uma sopa de "roseira" muito comum lá com alto indice de vitamina C, Kanebullar é um bolo de canela em formato caracol. Godis och choklad från sverige são docinhos e bombons da Suécia, e não Deuses e Chocolates..kkk...Ost é queijo...e enfim, você vai vendo que a lingua e a cultura deles nos distancia longamente de nossa realidade latina.

Fiskbackskil - uma cidade Fantasma.Quando lá estive, penso que as pessoas vivem para uma cultura de inverno. Passam 9 meses no ano sentindo no frio e 3 de pura diversão e loucura com a presença do sol. O país adormece, hiberna no longo inverno e no verão todos vão para as ruas com festivais, musicas e as comuns bebedeiras.

Na foto, você vê uma cidade de campo, do verão completamente às moscas. É preciso ir de barco para conhecê-la. O fato curioso, é que enquanto escondemos nossos objetos de decoração de nossa casa nas salas, quartos, etc. Lá eles as expoem nas janelas, como forma de mostrar sua personalidade, caracteristicas, gostos.



 Fantástico! um mundo irreal...


Udevala- um luxo de paisagemLinda paisagem com embarcações e o cheiro fantástico do mar. 



Centro de compras, turismo, lojas para estações de eski enfim...Seja Sueco!


Nordesark -Zoostation em MunkedalUm zoologico à ceu aberto, com animais incrivelmente fora da minha realidade.



Uma mini fazenda mostrava a forma como os grandes fazendeiros suecos, noruegueses e dinamarqueses cuidavam de suas crias e suas plantações. Tudo no mesmo lugar.

Goteborg - cidade grande. Lojas, Metro, Trem, Carros, Onibus...um mundo moderno, gotico, metal, maritimo, frio, delicioso...Adorei.


Não iamos muito a Goteborg. Somente para fazer compras. Vivemos 3 meses em Lysekill, antes de prosseguir à outras histórias.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sverige - Sweeden - Suécia (Lysekil) parte 1

Depois de tantos impasses emocionais, eis que desço em terras escadinavas.
tema da época...

Embora estivesse aterrissando em Goteborg (Gotemburgo) - tem um trema em cima do primeiro "o". meu destino era uma pequena cidade do interior chamada Lysekil.

Depois de viajar numa van durante 1 hora aproximadamente (não estou muito certa desse tempo), chegamos até o litoral, onde pegamos um Ferriboat (Balsa, embarcação de veiculos e pessoas sobre o mar) até o pequeno vilarejo. Mas só no dia seguinte pude enfim sair às ruas e sentir o vento frio da terra que um dia pertenceu aos vikings.

Como fiquei lá alguns meses, fica dificil descrever tantas minúcias então vou resumir sensações que ainda lembro. Caminhando pelas ruas, o que mais me chamava a atenção era o fato de que eu estava numa terra tão diferente, que o tempo todo se parecia a um sonho gelado de outono (que para mim era como o nosso inverno). A delegacia de policia era um lugar florido e calmo, as lixeiras na rua vinham com um rolinho com saco e pá para voce recolher os residuos do seu cão, as pessoas falavam BAIXO, eram calmas, cordiais e o supermercado tinha verduras e frutas tão viçosas que parecia um filme.

Meu Deus, os supermercados...Durante a noite, sair era descobrir um novo jeito de entender o alcool e os cigarros. Lá desde essa época, tinhamos que ir para o lado de fora para fumar, e dentro no calor dos aquecedores, as pessoas bebiam muito e vários eram de idade avançada...velhos beberrões, que ao acionarem à policia por embriaguès eram conduzidos às suas casas com todo carinho e proteção. Com um ar marítimo e calmo, mexilhoes brotavam nas pedras junto ao mar e eram a comida preferida, dentre outros frutos do mar. Pude ver uma praia privada de nudismo, junto às embarcações lindas como numa pintura de Monet.



E então eu descobri as coisas mais saborosas para mim de toda Suécia...Os Marzipans e o saudosos Polar Bròd, um pão fofinho como uma almofada, todo furadinho em formato de pão sirio. Era capaz de comer um pacote inteiro e pela primeira vez, eu tinha visto a água saborizada, que hoje é comum no Brasil. Ex. Água sabor Pera. Eu estava muito feliz, mas era tudo tão novo para mim, que quando eu saía de casa, me perdia na volta algumas vezes.


 Lembro me também do "sol da meia noite" onde fui fazer compras mais de 22h e a luz do céu, me impressionada. Sendo que ao norte do país ainda é possivel se ver a Aurora Boreal. A lingua era um bocado dificil e eu aprendi quase nada...somente coisas como Jag Alskar Dig (que pronuncia iog alskar dei) que significa eu te amo, e outras cositas más que já nem lembro mais.
Na Segunda parte sobre a Suécia vou escrever sobre outras cidades suecas e minhas sensações.